"A. J. MAURICIO PEREIRA membro e delegado da companhia Luzo - Brazileira, de agencia entre o Brasil e Portugal, contracta por conta da mesma companhia sobre negocios amigaveis ou judiciaes em qualquer parte destas duas nações, incumbe-se do andamento e recebimento de heranças, transacções, direitos, reclamações, interesses em abandono, habilitações, e tambem encarrega-se da impetração perante a Santa Sé de dispensar, breves, graças, secularisações, e em geral de tudo o mais d'ali dependente. Para se tratar a respeito procure-se o delegado na rua da Freira, casa n.17."
[Correio Paulistano, n.329, 16 de outubro de 1855]
"A. J. MAURICIO PEREIRA, (rua da Freira, 17) delegado da companhia Luzo-Brazileira, de agencia, encarrega-se de fazer promover negocios amigaveis ou judiciaes e pesquizas em qualquer parte do Brazil, e Portugal, assim como em geral dos que forem dependentes da Curia Romana."
[Correio Paulistano, Anno II, Número 354: 11 de janeiro de 1856.]
Em uma nota publicada no Correio Paulistano, n. 352, de 4 de janeiro de 1856, assinada por Antônio José Maurício Pereira (provavelmente, o mesmo que fez o anúncio acima), há um relato pessoal, sobre Jezuíno Antonio Ferreira de Almeida. Segundo o autor, Jezuíno foi criado junto com seus filhos e ele pagou por seus estudos, incluindo o ingresso na Academia de Direito até o 3o. ano, quando este negou o auxílio financeiro. O autor reclama que apesar de tê-lo criado como filho, o jovem virou-se contra a sua pessoa, ameaçando-o com agressões e unindo-se a pessoas descritas como "seus desafetos". Uma segunda publicação, com relatos sobre os problemas judiciais com Jezuíno, foi publicada por Maurício Pereira no Correio Paulistano, n.464, de 5 de novembro de 1856.
Em 1856, consta um "Antonio Jozé Maurício" (não é possível afirmar ser a mesma pessoa), na lista de contribuintes para a criação de uma enfermaria em favor dos pobres [Correio Paulistano, n.360, 1 de fevereiro de 1856].
Em 1857, Maurício Pereira publicou a nota abaixo, provavelmente, relacionada com problemas com Jezuíno Antonio Ferreira de Almeida e seus "desafetos":
"Constando-me que aguem, não sei para que fim, anda procurando obter, até por meio de ameaças, os recibos que a varias pessoas tenho passado, provenientes do meu salario, no andamento de inventarios, testamentarias, e d'outros negocios judiciaes; nos quaes, muitas vezes em mim tenho reunido a agencia procuradoria, e mesmo advocacia, quando as questões são de fácil demonstração: por isso, pelo presente declaro, que continuo a encarregar-me de taes dependencias, pelo preços, que com as partes interessadas me convencionar, às quaes passarei, como costumo, não so um recibo, asm até quantos forem pedidos por um tal cão de fila.
São Paulo, 1o de julho de 1857. - Antonio José Mauricio Pereira"
[Correio Paulistano, n.565, 1 de Julho de 1857]
Em resposta ao comunicado escrito por Antonio José Mauricio Pereira, foi publicado, dias depois, a seguinte nota:
Outra publicação de reclamações da parte de Antonio José Mauricio Pereira:
Os anúncio de Antônio José Maurício Pereira reaparecem em 1862: