Moyarte: home
HOME: ir para página inicial  Moyarte no INSTAGRAM  Moyarte no TWITTER  Moyarte no FACEBOOK
contato@moyarte.com.br

Centro de São Paulo

HOME > HISTÓRIA DO COMÉRCIO > CASA DE JULES MARTIN

CASA DE JULES MARTIN

IMPERIAL LITORGRAFIA

largo do rosário
rua de são bento, 37

história do comércio centro de são paulo

atualizado em: 30 de agosto de 2019

 

"Cri-Cri

POLKA PARA PIANO

Vende-se em casa de Jules Martin á rua de S.Bento n.37 a (?)$000 rs. o exemplar"

[Correio Paulistano, Anno XXIII, Número 6055: 31 de dezembro de 1876]

 

[Correio Paulistano, Anno XXIII, Número 6055: 31 de dezembro de 1876]

 

Jules Martin

Segundo Antônio Barreto do Amaral, Jules Victor André Martin, foi cartógrafo, desenhista, litógrafo e construtor. Nasceu na França, em Montiers, em 26 de fevereiro de 1832.

Estudou Belas Artes em Marselha e trabalhou em Paris, no Ateliê de George Schlater (1852). Veio para o Brasil em 1868, trabalhou com o irmão Pierre e Fracisco de Paula Xavier de Toledo no interior de São Paulo, onde montaram uma máquina para beneficiar algodão. Ainda nesse setor, tentou obter a patente da criação de um equipamento que aproveitava as sementes desperdiçadas no beneficiamento do algodão (uma prensa para extração de óleo das sementes).

Após um acidente com seu filho (ele perdeu seu braço esquerdo), resolveu mudar de profissão e mudou-se para São Paulo, onde abriu um curso de desenho e pintura e lecionou em vários colégios da capital.

Montou a primeira oficina litográfica da Província de São Paulo em 1870, que posteriormente foi batizada de "Imperial Litografia", em homenagem ao imperador Dom Pedro II visitou o estabelecimento. Aliás, o uso do título "Imperial", foi concedido em uma carta imperial datada de 30 de outubro de 1875.

Dois anos depois, em 1872, no antigo Largo do Rosário, abriu um escritório, onde os clientes faziam encomendas de impressos litográficos e onde mantinha um depósito dos produtos da olaria Bom Retiro. Posteriormente, esse escritório passou a funcionar na Rua São Bento n. 37 (em dezembro de 1876, um anúncio no Correio Paulistano já registrava esse novo endereço).

 

[Correio Paulistano, Anno XXII, Número 5761: 21 de dezembro de 1875]

 

[Diário de S.Paulo, Anno XIII, Número 3619: 12 de janeiro de 1877]

 

Sobre sua participação na criação do primeiro Viaduto do Chá, em outubro de 1877,

"apresentou ao público o projeto desta grande obra e, em abril de 1879, apresentou um novo projeto, em substituição do viaduto por um boulevard e obteve privilégio para esse projeto em 11 de maio de 1882. Em maio de 1885, firmou contrato com o governo provincial para o viaduto. Em 30 de abril de 1888, deu-se o começo às obras sobre a Rua Formosa e, por questão de desapropriação, só em 6 de maio de 1889 é que prosseguiram as mesmas obras."

[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p.166.]

 

Além do Viaduto do Chá, seu nome está envolvido em vários projetos: mapa da capistal paulista, projeto da Avenia Paulista, projeto da estátua de José Bonifácio (O Moço), projeto a estrada de ferro para São Sebastião, entre outros.

 

[Jornal da Tarde, n.5, 10 de novembro de 1878]

 

Em 1878, em nota publicada no Jornal da Tarde,

"O sr. Jules Martin nos communicou hoje que acaba de contratar um habil abridor-desenhista de Paris , no intuito de poder executar tudo quanto pode ser reproduzido em lithographia."

[Jornal da Tarde, n.9, 14 de novembro de 1878]

 

Era possível encontrar outros produtos na loja de Martin:

[Jornal da Tarde, n.35, 10 de dezembro de 1878]

 

"Bisnagas - Chegou grande sortimento, por preços baratissimos, em casa de Jules Martin, rua de São Bento, n. 37"

[Jornal da Tarde, n.86, 30 de janeiro de 1879]

 

[Jornal da Tarde, n.90: 3 de fevereiro de 1879]

 

[Jornal da Tarde, n.220: 14 de junho de 1879]

 

Jules Martin faleceu em São Paulo, em 18 de setembro de 1906.

 

[Outros estabelecimentos comerciais que fizeram parte da História do Centro de São Paulo]

 

 

 

home      moyarte      não-diário      contato