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Centro de São Paulo

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JOAQUIM MARCELINO DA SILVA

entre rua e ladeira do carmo

história do comércio centro de são paulo

atualizado em: 24 de julho de 2019

 

Segundo Antônio Egydio Martins, "Califórnia" era o nome do estabelecimento comercial, da cocheira, localizada entre a Rua e a Ladeira do Carmo, que pertencia a Joaquim Marcelino da Silva - o endereço da Ladeira do Carmo é mencionado em um anúncio sobre a entrega de um escravo que fugiu em 1871 [Diáro de S.Paulo, n.1755, 15 de agosto de 1871]. Esse logradouro também está presente no anúncio de 1858:

[Correio Paulistano, n.644, 18 de março de 1858]

 

O nome "Califórnia" também aparece como sendo o de uma chácara que pertenceu à Joaquim Marcelino e foi vendida para Angelo Fenilli. a propriedade, de 3335 metros, era conhecida como Sítio Aricanduva ou Chácara Califórnia, com a seguinte descrição:

"(...)terreno denominado 'Califórnia' que divide pelo lado esquerdo com terrenos pertencentes ao Conselheiro Carrão, pelo lado direito com terrenos da Companhia Estrada de Ferro do Norte, e pelos fundos com um ribeirão sem nome."

[Correio Paulistano, n.30397, 13 de maio de 1955]

Egydio Martins menciona que Marcelino da Silva possuia um sítio na Freguesia da Penha, onde chegou a cultivar uva - na descrição da "Chácara Califórnia" propriedade que pertenceu à Joaquim Marcelino, "plantações, parreiras" fazem parte da descrição da propriedade, a localização mencionada para essa chácara era o "Braz" e não a Penha. [Correio Paulistano, n.30397, 13 de maio de 1955].

A expressão "Califórnia", produção de vinhos e o endereço na Rua do Carmo são mencionados no anúncio de 1875:

[Correio Paulistano, n.5597, 26 de maio de 1875]

 

Segundo dados das crônicas de Antônio Egydio Martins, "São Paulo Antigo 1554 a 1910", Joaquim Marcelino da Silva era um dos sócios fundadores da Sociedade Portuguesa de Beneficência, seu nome constava no exemplar dos primeiros estatutos, datados de 20 de novembro de 1859 e impressos no ano seguinte (1860). Segundo dados publicados no Correio Paulistano de 1855, ele foi um dos acionistas do banco hypothecario de S.Paulo, possuindo na época 20 ações da instituição - [Correio Paulistano, n.165, 13 de janeiro de 1855].

Sobre as cocheiras, mencionadas no primeiro parágrafo, segundo dados publicados no artigo de Eudes Campos, o conhecido como Barracão do Carmo, "era uma edificação de caráter utilitário, erguida entre 1836 e 1838 na esquina da rua do Carmo com a ladeira do mesmo nome, para servir de mercado municipal" e foi arrendada em 1857, por 15 anos por Joaquim Marcelino da Silva, para manter suas cocheiras e cavalariças - e esse contrato foi prorrogado por mais 10 anos:

[Diário de S.Paulo, n.2362, 6 de setembro de 1873]

 

[Registro Geral da Câmara da Cidade de São Paulo (SP) - 1854-1855-1856]

 

Na década de 1850, Joaquim Marcelino, também, comercializou materiais têxteis:

[O Piratininga, n.36, 20 de novembro de 1849]

 

[Correio Paulistano, n.411, 24 de abril de 1856]

Outro empreendimento de Joaquim Marcelino da Silva, era o de providenciar alimentação para os presos:

[Correio Paulistano, n.1881, 14 de agosto de 1862]

 

[Correio Paulistano, n.2573, 20 de dezembro de 1864]

 

[Diário de S.Paulo, n.95, 24 de novembro de 1865]

 

[O Ypiranga, n.14, 17 de agosto de 1867]
Expediente do Thesouro Provincial, de 29 de julho de 1867

 

[Correio Paulistano, n.32683, 21 de outubro de 1962]
Dados publicados na seção "Há 100 Anos" do Correio Paulsitano

 

Com a cocheira localizada no Barracão do Carmo, Joaquim Marcelino prestou serviços de transporte, como:

[Correio Paulistano, n.2786, 10 de setembro de 1865]

 

Além de soldados, Joaquim Marcelino também era responsável pelo transporte dos mortos, para o Cemitério da Consolação:

[Correio Paulistano, n.492, 13 de fevereiro de 1857]

 

[Correio Paulistano, n.30919, 17 de janeiro de 1957]

 

Ironicamente, após anos trabalhando para o transporte de corpos para o Cemitério da Consolação, em 1903, é publicado no Correio Paulistano, uma ordem da prefeitura, dando o prazo de 30 dias, para que sejam limpos e concertados os túmulos existentes no Cemitério da Consolação, erguidos sobre os terrenos perpétuos de vários moradores, entre eles, na lista, constava o nome de Joaquim Marcelino da Silva - [Correio Paulistano, n.14330, 10 de julho de 1903]

Como outros negociantes, Joaquim Marcelino da Silva também posuía escravos: segundo nota de 1871, entre os dias 17 e 18 de julho, seu escravo Henrique foi preso em São Paulo - a nota não informa detalhes dos motivos. [Diário de S.Paulo, n.1734, 21 de julho de 1871]. Seu nome também foi mencionado na lista dos que deixaram de pagar o imposto predial entre 1877 e 1878: devendo um valor de 69$600 - [Jornal a tarde, n.38, 14 de dezembro de 1879].

Em informações sobre uma disputa de propriedade (publicadas em 1955), há informações sobre Joaquim Marcelino da Silva que em maio de 1882, era casado com D. Sofia Rufina de Oliveira e seus herdeiros eram: Carlos, Luiz, Anselmo, Fortunata, Francisco, Angelina e Natalina - [Correio Paulistano, n.30397, 13 de maio de 1955]. Outros dados sobre as atividades "sociais" de Joaquim Marcelino:

[Correio Paulistano, n.3099, 22 de setembro de 1866]

 

[Correio Paulistano, n.3321, 26 de junho de 1867]

 

[Outros estabelecimentos comerciais que fizeram parte da História do Centro de São Paulo]

 

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