Website de Mônica Yamagawa

LYCÊO PAULISTANO: 1850

LYCEU PAULISTANO: 1870/1880

COLLEGIO MAMEDE

história do comércio do centro de
são paulo

atualizado em: 5 de janeiro de 2019

 

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Anúncio publicado no Correio Paulistano, de 2 de janeiro de 1856:

"As aulas deste estebelecimento abrirse-hão no dia 7 de janeiro. Ensinão-se as seguintes materias - latim, Francez, inglez, aritimetica, geometria, rhetorica, geographia, historia, philosophia, primeiras letras e musica."

[Correio Paulistano: 2 de janeiro de 1856, p.4.]

Segundo um anúncio de abril de 1856, no Correio Paulistano (Anno II, Número 399), o Lycêo Paulistano é conhecido pela população como "Collegio Mamede". O nome provavelmente está relacionado com o responsável pelo ensino religioso e capelão da instituição: Padre Mamede José Gomes da Silva.

O anúncio lista os nomes dos aprovados em Latim, Francês, Inglês, Retórica, Geometria, História e Filosofia que fizeram os exames na Faculdade de Direito, utilizando os resultados para convencer os pais a matricular os filhos na instituição:

"A' vista deste resultado podem os Snrs. Pais de familia avaliar qual o grao de propriedade do LYCEO PAULISTANO"

[Correio Paulistano, Anno II, Nùmero 399: abril de 1856.]

Os professores e diretores anunciados são (1o. de abril de 1856):

Na década de 1870, aparecem novos anúncios, ao invés de "Lycêo Paulistano", com o nome de "Lyceu Paulistano". Apesar da semelhança do nome, sugerindo apenas uma mudança de grafia, com base em uma nota de 1877, trata-se de uma noava instituição de ensino:

"Lyceu Paulistano - Neste importante estabelecimento de educação, realizaram-se ha poucos dias, os exames das diversas classes de alunos , mostrando elles bastante aproveitamento em vista do pouco tempo de estudo, pois o collegio conta apenas um anno de existencia.

Esses exames mostraram que o sr. Thorman , director do Lyceu esforça-se por ministrar a necessária instrucção a seus discipulos."

[Correio paulistano, Anno XXIV, Número 6340: 22 de dezembro de 1877.]

Ao final de 1876, o Lyceu publicou um anúncio para informar que o início das aulas para o ano seguinte começariam no dia 2 de janeiro de 1877. O novo diretor era Canuto Thorman, que durante 1876, dirigiu a Escola Americana. [Correio Paulistano, Anno XXIII, Número 6042: 15 de dezembro de 1876.]

Em 1878, o Lycêo Paulistano (Lyceu Paulistano), funcionava na Rua do Ouvidor número 9, ainda sob a direção de Canuto Thorman. Oferecendo vagas para ambos os sexos, para o ensino primário e secundário. A mensalidade do ensino primário era de 5$000 e do secundário de 10$000. [Correio Paulistano, Anno XXV, Número 6400: 10 de março de 1856.]

O Lyceu Paulistano continua no mesmo endereço e ainda sob a direção de Thorman, em janeiro de 1879, oferecendo ensino primário e secundário para ambos os sexos. O ensino era dividido em:

Sobre os valores das mensalidades:

O Lyceu Paulistano também aceitava internos, cobrando além das mensalidades acima, mais 100$000 por trimestre, com os seguintes serviços inclusos: cama, mesa e lavagem de roupa.

O diretor também se coloca à disposição para aulas particulares de qualquer matéria, cobrando o valor de 1$ por hora em aula na sua residência, ou 2$ por hora em outro lugar.

Ao final da década de 1880, também sob a direção de Canuto Thorman, uma nova instituição de ensino é aberta, com o mesmo nome "Lyceu Paulistano", porém, além do ensino primário e secundário, passa a oferecer ensino superior, comercial e industrial. [Correio Paulistano, Anno XXV, Número 9699: 30 de dezembro de 1888.]

Em um anúncio de publicado no Correio Paulistano de 1856, é mencionado no título que o Lyceo Paulistano também era conhecido como "Collegio Mamede":

No século XX, em 1929, o nome Lyceu Paulistano surge em uma nota no Correio Paulistano, informando aos leitores que, juntamente com a sucursal do Instituto Commercial do Rio de Janeiro, está transferindo sua sede para Rua da Consolação, n.94. [Correio Paulistano, Número 23548: 9 de maio de 1929.]

 

 

[+] Outros estabelecimentos comerciais que fizeram parte da História do Centro de São Paulo

[Correio Paulistano: 2 de janeiro de 1856, p.4.]

 

[Correio Paulistano, Anno XXIII, Número 6042: 15 de dezembro de 1876.]

 

[Correio Paulistano, Anno XXV, Número 9699: 30 de dezembro de 1888.]

CENTRO DE SÃO PAULO

BIBLIOGRAFIA


História da Escola de São Paulo e do Brasil

Maria Luiza Marcílio
IMESP
2014

Pelas avaliações internacionais (UNESCO e PISA), o Brasil vem sendo colocado nas últimas posições em educação, mesmo dentre nações bem mais pobres. As explicações para essa triste situação devem ser buscadas particularmente na História do país, em sua longa duração. Foi esse o trabalho realizado pela autora, em pesquisas que efetuou em arquivos e bibliotecas do Brasil e do exterior, somadas a testemunhos orais e a variada iconografia. O esforço foi de resgatar a escola em seu cotidiano, com os autores que a compuseram ao longo dos cinco séculos, desde quando os jesuítas aqui fincaram os primeiros alicerces dos colégios, no inicio da colonização portuguesa. Expulsos os padres da Companhia de Jesus, foi criada a escola pública. Sua evolução foi acompanhada com seus alunos, seus professores, os métodos de ensino, o material escolar introduzido de forma precária e lenta. Só com a República, e ao longo do século XX, é que de fato, o Brasil conheceu o sistema escolar montado dentro do modelo do Ocidente, articulado desde a pré-escola até o curso ginasial e depois médio, com seus avanços e recuos e a partir de São Paulo de onde se difundiu por todo o país. O Brasil chega ao final do milênio com praticamente todas suas crianças na escola, mas ainda não conseguiu ultrapassar o desafio da péssima qualidade do ensino, em todos seus níveis...[+]

 



A Formação de Professores em São Paulo. 1846-1996. A Prática de Ensino em Questão

A Formação de Professores em São Paulo. 1846-1996. A Prática de Ensino em Questão

Jane Soares de Almeida
Autores Associados
2016

Este livro trata da formação de professores. Eis aí um tema de certo modo já antigo que, no entanto, continua extremamente atual, pelo bem e pelo mal – e, infelizmente, mais pelo mal que pelo bem. É oportuno o lançamento deste livro porque trata exatamente da formação de professores tendo como foco a questão da prática. E, ancorando-se na história, esta obra surge como antídoto às pregações com ares de soluções inovadoras tomando a prática imediata vigente...[+]

 


Sao Paulo - Patio Do Colegio - Uma Historia Ilustrada A Bico De Pena

Terciano Torres
Globo
2004

Alguns anos de pesquisa e uma boa dose de humor resultaram em uma forma original de contar uma história. O artista Terciano Torres tomou como ponto de partida o Pátio do Colégio, no centro de São Paulo, e reuniu em livro os quatro séculos e meio da história da cidade, misturando desenhos reais (detalhes de arquitetura e apelos históricos) com uma paisagem urbana recheada com caricaturas de personagens que marcaram época. O resultado é o álbum "São Paulo - Pátio do Colégio - Uma história ilustrada a bico de pena", que está sendo lançado pela Editora Globo. O livro reúne 51 ilustrações - chamadas de cartuns postais pelo artista - com detalhes peculiares que contam a história da cidade de forma descontraída, facilitando o aprendizado sobre os seus 450 anos de existência. Aberta, a publicação exibe uma página com texto seguida de outra com ilustrações que começam em 1553 (um ano antes da fundação da ...[+]

 


Sociedade de Educação de São Paulo

Ana Clara B. Nery
SCIELO - EDITORA UNE
2009

Na década de 1920, algumas instituições organizaram-se com o intuito de legitimar a atuação de seus associados no campo educacional que estava se estruturando, como ocorreu com a Sociedade de Educação de São Paulo, que foi fundada com a finalidade de congregar membros do magistério em seus vários níveis, dos setores público e privado, com ideias e interesses comuns, tendo uma intensa atuação no cenário educacional do período. A obra pretende recuperar aspectos da criação e do funcionamento da Sociedade de Educação, seu papel e posição ...[+]

 


A Academia de São Paulo Tradições e Reminiscências

Almeida Nogueira
Saraiva / Secretaria da Cultura. Ciências e Tecnologia do Estado de São Paulo
1977

Baseados em grande parte em pesquisas realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, este livro permite aos leitores uma reflexão comparativa, oferencendo-lhes ricas descriçoes etnográficas, dados e argumentos instigantes. Vale ressaltar ainda que os textos foram, na medida do possível, muito bem sucedidos diante do desafio a que se ...[+]

 


Caetano de Campos. A Escola que Mudou o Brasil

Patrícia Golombek
Edusp
2015

Caetano de Campos: A Escola que Mudou o Brasil estrutura-se em torno de breves biografias dos que dirigiram e trabalharam na escola Caetano de Campos, situada no prédio construído por Ramos de Azevedo entre os anos de 1890 e 1894, na atual Praça da República, e posteriormente tombado pelo Condephaat. Os relatos apresentados por Patrícia Golombek começam antes da construção propriamente dita, a partir de 1846, quando foi criada a primeira Escola Normal de São Paulo, e seguem até a saída da Escola no final da década de 1970. Nesse percurso, a autora destaca a biografia de alunos e professores reconhecidos no ...[+]

 


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Professores da Escola Normal de São Paulo: a história não escrita (1846 -1890)

Marcia Hilsdorf Dias
Alínea
2013

Esta obra, que se inscreve no âmbito da história das instituições escolares, visa contribuir para o campo historiográfico da educação brasileira em duas direções: a do estudo da história republicana da Escola Normal do Império e a do conhecimento dos professores que atuaram ...[+]

 

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