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Bernarda de Francisco Inacio

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atualizado em: 19 de janeiro de 2021

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Nome dado ao episódio de 23 de maio de 1822, quando o governo provisório de São Paulo é deposto. Revolta armada conhecida como "Devassa da Bernarda de Francisco Inacio" - coronel Francisco Inácio de Souza Queirós -, decorreu da cisão entre os membros do Governo Provisório da província.

A bernarda decorreu da disputa entre dois grupos que, até então, compartilhavam o governo provisório da província de São Paulo:

grupo liderado por João Carlos Augusto de Oeynhausen - presidente da junta de governo paulista no período - e coronel Francisco Inácio de Sousa Queirós;
grupo liderado pelos irmãos Andrada – José Bonifácio e Martim Francisco - que era membro do governo provisório de São Paulo – e o Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão.

O início da revolta foi a convocação de Oeynhausen e Francisco Inácio de Sousa Queirós à corte (Rio de Janeiro), transferindo a presidência da Junta para Martim Francisco - provavelmente, Oeynhausen foi chamado ao Rio de Janeiro por influência de José Bonifácio, com o objetivo de dar a Martim Francisco a presidência do governo provisório.

Em desacordo, no dia 23 de maio, Francisco Inácio mobilizou parte dos habitantes no largo de São Gonçalo (Praça João Mendes), depondo Martim Francisco e mantendo Oeynhausen como presidente, desacatando as ordens de D. Pedro.

"Os 'bernardistas' (revoltosos, amotinados), liderados por Francisco Inácio de Souza Queiroz, coronel de milícias e um dos mais abastados comerciantes de 'fazendas secas', ficaram do lado do presidente do Governo Provisório, João Carlos Augusto de Oeynhausen, afilhado de D. Maria I e ex-capitão general do Ceará, Mato Grosso e São Paulo. Do outro lado, ficaram os partidários dos irmãos Andrada. Alguns historiadores, como Arnaldo Contier, afirmam que o motim de Francisco Inácio pode ser considerado o primeiro movimento revolucionário ocorrido na província durante a crise do Antigo Sistema Colonial."

[SOUZA, Jonas Soares de. Itu, a Fidelíssima. Prefeitura Municipal de Itu, S.D. Disponível em: <https://itu.sp.gov.br/cultura/itu-a-fidelissima/>. Acesso em: 19 Jan. 2021.]

Sobre a sua importância e influência na proclamação da independência em terras paulistanas - e não na Corte (Rio de Janeiro) -, vale a leitura do artigo de Gustavo Pereira (2020).

Os autos da devassa da bernarda de Francisco Inácio fazem parte do acervo permanente do Arquivo Público do Estado de São Paulo, no momento (janeiro de 2020), os documentos encontram-se em tratamento técnico.

referências bibliográficas

PEREIRA, Gustavo. A Bernarda de Francisco Inácio, ou por que a declaração da Independência do Brasil aconteceu em São Paulo. A Pátria, 7 Set. 2020. Disponível em: <https://apatria.org/historia/a-bernarda-de-francisco-inacio-ou-por-que-a-declaracao-da-independencia-do-brasil-aconteceu-em-sao-paulo/>. Acesso em: 19 Jan. 2021.

SOUZA, Jonas Soares de. Itu, a Fidelíssima. Prefeitura Municipal de Itu, S.D. Disponível em: <https://itu.sp.gov.br/cultura/itu-a-fidelissima/>. Acesso em: 19 Jan. 2021.

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