Texto e Fotografias de
Mônica Yamagawa
Obra sobre a escultora brasileira Maria Martins (1894-1973), em volume organizado pelo editor Charles Cosac, que assina também uma cronologia ilustrada sobre a artista. Esta edição reúne seus principais trabalhos, especialmente registrados em ensaio fotográfico de Vicente de Mello, que viajou para diferentes lugares, inclusive no exterior, para fotografar suas obras. O livro também traz textos fundamentais para o entendimento da trajetória da artista. No ensaio de abertura, o historiador Francis M. Naumann percorre a biografia de Maria e revela sua vida dividida entre o trabalho com as esculturas e as recepções sociais na embaixada em Paris. Lá, relacionando-se com artistas do surrealismo e mais intensamente com Marcel Duchamp, produziu algumas das obras mais importantes e monumentais de sua carreira. A crítica britânica Dawn Ades, especialista em arte latinoamericana, compara sua obra com a de outros escultores como Brancusi, André Masson, Giacometti e Henry Moore...[+]
Como estudiosa do campo da Arte, tenho reunido alguns tópicos na formação de um interesse para a discussão da questão da mulher e da artista, tentando captar no discurso pedagógico e na dinâmica da estrutura social alguns desdobramentos: a mulher como sujeito marginal na produção artística, os contratos sociais destinados a ela...[+]
Maria de Lourdes Faria Alves (1894-1973), nasceu em Campanha, Minas Gerais. Em 1915, casa-se pela primeira vez com Otavio Tarquínio de Souza (1889-1958),Seu segundo casamento foi em 1926, com Carlos Martins Pereira e Souza, diplomata brasileiro.Em 1934, Carlos Martins foi nomeado embaixador brasileiro no Japão,a família muda-se para Tókio. Dois anos mais tarde, Carlos Martins vai como embaixador para Bélgica,onde Maria aprende escultura com o escultor belga Oscar Jespers (1887 – 1970) Em 1939, Carlos Martins é nomeado embaixador dos Estados Unidos e a família muda-se para Washington Nesse período, Maria decidiu se dedicar à escultura, e transformou o andar superior do prédio da embaixada num estúdio...[+]
Eu sei que minhas Deusas e sei que meus Monstros sempre te parecerão sensuais e bárbaros. Eu sei que você gostaria ver reinar em minhas mãos a medida imutável dos elos eternos. Assim se apresentava a escultora Maria Martins no catálogo da exposição Amazônia, na Valentine Gallery, em Nova Iorque, que encantou os maiores expoentes do movimento surrealista nos anos quarenta. Também pode ser uma mensagem a seu amante, Marcel Duchamp. Tudo é possível na trajetória da talentosa, misteriosa e famosa embaixatriz brasileira. Maria Martins- Uma biografia é o relato fiel da vida de uma mulher que foi amiga de Picasso, Léger, André Breton, Piet Mondrian, Nelson Rockefeller e muitos chefes de estado. Uma mulher que conviveu com o poder e teve poder. Escrito em uma ordem que entrelaça os acontecimentos históricos do Brasil e do mundo artístico do século XX, o livro de Ana Arruda Callado tenta desvendar a força artística , política e humana dessa musa que viveu várias vidas. Revelações há muitas ao longo das páginas deste livro que guia o leitor pelo fantástico mundo das muitas Marias Martins: a artista genial, a mecenas , a escritora, a embaixatriz, a mulher apaixonada, e a pessoa por trás do mito...[+]
A pesquisa sobre Maria Martins surgiu em outubro de 2007, a partir de estudos iniciados para um dos subprojetos de um projeto maior intituladoCaixa de Pandora: Mulheres Artistas e Mulheres Filósofas no século XX, neste sentido, pretende delinear a importância de Maria Martins para a história da Arte, revelando suas obras que tratam de temáticas do feminino. O interesse por pesquisar Maria Martins adveio do fato de ela ter sido escultora, Arte até então mais comum entre homens. Como brasileira, e como mulher, manteve uma relação mágica e passional entre sua vida pessoal e sua produção escultórica. Sua obra é marcada por uma temática autobiográfica, intimista, existencialista, e nacionalista, onde a artista mostra a natureza tropical e sensual do Brasil. Sua linguagem biomórfica e surrealista apresenta-se através de sua técnica apurada no bronze...[+]
O texto de Graça Ramos apresenta uma biografia de Maria Martins organizada com especial senso de detalhe. (...) O trabalho historiográfico apresentado é notável em sua busca de fontes em vários países. Além da contribuição representada pela própria pesquisa, este texto há de oferecer indicações e fundamentos para futuras interpretações da obra e trajetória biografada...[+]
Livro sobre a exposição 'Metamorfoses', de Maria Martins, no MAM em 2013. Os temas brasileiros como Yaci, Iemanja e a Amazônia ganham um significado surrealista quando retratados por Martins em suas esculturas onde a forma humana se une às formas da natureza. Como disse Benjamin Péret - ecoando as palavras de André Breton sobre o trabalho de Martins - 'Nada evoca tanto as mensagens da natureza quanto a obra de Maria; não que entre uma e outra se possa impor uma filiação direta, mas, sobretudo, porque ela age sobre a matéria um pouco como a própria natureza. Maria (...) tende a provocar a natureza, a estimular nela novas metamorfoses, cruzando o cipó com o monstro lendário de onde ela provém, a pedra com o pássaro fóssil que dela se evade'....[+]
Nesta obra, o autor parte da permanência de Duchamp em Buenos Aires para traçar um percurso labiríntico cujas marcas fundamentais são a relação amorosa do artista com Maria Martins, os avatares latino americanos entre o surrealismo bretoniano e o batailliano e a noção duchampiana de "infraleve" aplicada à experimentação ensaística...[+]
Durante os anos de 1952 e 1953, Maria, na função de representante cultural, viajou para vários países do continente americano, para estabelecer contatos com museus e secretarias culturais, com o objetivo de promover a III Bienal de São Paulo.
Em 1954, suas obras foram expostas na coletiva “Braziliana”, no Commercial Museum e na XXVII Bienal de Veneza.
Na III Bienal de São Paulo (1955), sua obra “A soma dos nossos dias (1954)” recebeu o Grande Prêmio de Escultura Nacional. No mesmo ano, suas obras fizeram parte da coletiva itinerante “Artistes brésiliens, Musée d’Art Moderne, Paris” (MAM-SP e MAM-RJ).
Em 1956, em visita oficial para a Conferência Geral da UNESCO, visitou vários países, em uma dessas ocasiões conheceu Dalai Lama. No MAM-RJ, é realizada “Maria”, uma exposição individual, uma retrospectiva de suas obras, que acabaria sendo a última individual em vida. No mesmo ano, inaugurou escultura pública no Rio de Janeiro: “Galo Gaulês I” (na parte externa do edifício Maison de France) e participou.... [CLIQUE AQUI para acessar o texto na íntegra]
Maria Martins nasceu em Minas Gerais, no ano de 1894, no entanto, nas informações que enviava para a imprensa, sempre mencionava 1900 como o ano de nascimento. O motivo? Uma das hipóteses para essa decisão (ela nunca explicou o porquê) pode estar relacionada com a cidade de Campanha/MG, onde nasceu e para qual nunca retornou e com a mudança de sua família para Belo Horizonte/MG, em 1900. [KUMAGAI: 2006, p.11.]
Em 1903 a família mudou para o Rio de Janeiro (seu pai foi eleito deputado federal) e Maria, junto com suas duas irmãs foram matriculadas no Colégio Notre-Dame de Sion (Petrópolis/RJ), onde, provavelmente, receberam aulas de francês e piano.
Em 1915, casou-se com Octávio Tarquínio de Sousa, na época, diretor administrativo dos Correios. Desse relacionamento nasceram Lúcia Maria Alves de Sousa (1916) e Maise Alves de Sousa Amarantho (1922)... [CLIQUE AQUI para acessar o texto na íntegra]