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Diana & Aquário Subterrâneo

Jardim da Luz

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atualizado em: 16 de junho de 2022

 

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Aquário Subterrâneo do Jardim da Luz
FOTOGRAFIA: Mônica Yamagawa

 

Aquário subterrâneo do Jardim da Luz

Na publicação "OBRAS DE ARTE EM LOGRADOUROS PÚBLICOS DE SÃO PAULO REGIONAL SÉ", da Prefeitura Municipal de São Paulo não há maiores detalhes sobre o autor da obra.

Em 2000, durante obras de restauração do jardim, um aquário subterrâneo foi descoberto embaixo do Lago de Diana. Provavelmente, ele foi construído por volta do ano de 1900 e atualmente abriga, segundo informação do site da Prefeitura Municipal de São Paulo, "13 tipos de peixes escolhidos para representar uma parcela da fauna aquática sul-americana, entre eles o dourado, acará, curimbatá e outros, doados pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) de Paraibuna".

Em entrevista para a TV Cultura, em 2006, André Dias, administrador do Parque da Luz conta mais detalhes sobre a descoberta: 

Como se descobriu que o Parque da Luz tem um aquário?
"Ele foi descoberto durante a rvitalização que o Parque da Luz passou, em meados do ano 2000, onde foram transferidas árvores, palmeiras, que estavam em cima de onde o lago está hoje. Quando se transferiu, foi descoberto um buraco onde é o Lago da Diana. Foram cavando, tirando algumas pedras, viram que tinha uma passagem subterrânea. Onde tenm os vidros tava fechado com tijolo e cimento".

O que se sabe sobre a construção do Aquário?"
"São poucas informações. O que a gente sabe é que uma construção inglesa que imita a natureza através de concreto e de cimento, só que a origem, que é datada pro final do século 19, de que forma os ingleses interferiram no Jardim da Luz."

Não se sabe quem construiu, quem apreciava os peixes, que espécies tinha? 
"São perguntas que a gente tá tentando rsponder junto aos órgãos do patrimônio histórico". 

"O projeto pro Aquário do Parque da Luz seria transformá-lo num aquário temático com peixes nativos da região do estado de São Paulo, dos rios Tietê e Paraíba do Sul. Nós queremos mostrar que o rio Tietê ainda possui peixes nas suas partes conservadas, limpas, próximas às cabeceiras. E que eles têm colorido e formato tão especial que vão atrair a tenção do público."

[FOI DESCOBERTO E REVITALIZADO UM AQUARIO CONSTRUÍDO HÁ MAIS DE 1 SÉCULO, DEBAIXO DO PARQUE DA LUZ, EM SÃO PAULO. Repórter ECO. TV Cultura. Disponível em: <https://tvcultura.com.br/videos/9677_foi-redescoberto-e-revitalizado-um-aquario-construido-ha-mais-de-1-seculo-debaixo-do-parq.html#:~:text=Arte%20e%20Cultura,Foi%20redescoberto%20e%20 revitalizado%20um%20Aqu%C3%A1rio%2C%20constru%C3%ADdo%20h%C3%A1%20mais%20de ,no%20hoje%20polu%C3%ADdo%20Rio%20Tiet%C3%AA.>. Acesso em 20 Set. 2017.]

 


Diana, na parte superior do Aquário do Jardim da Luz
FOTOGRAFIA: Mônica Yamagawa

 

Diana

Segundo a mitologia grega, Diana (ou Artemis) era a deusa da lua e muitas vezes é descrita como rainha caçadora ou deusa caçadora).

O aquário artificial criado no Jardim da Luz está escondido em uma gruta, abaixo do lago com a escultura de Diana, talvez, a decisão de colocar a deusa grega escondendo o aquário foi baseada nessa história sobre a deusa Diana:

"Havia um vale rodeado por densa vegetação de ciprestes e pinheiros, consagrado à rainha caçadora, Diana. Na extremidade do vale havia uma gruta não adornada pela arte, mas a natureza imitara a arte em sua construção, pois cravehara a abóbada de seu teto com pedras, tão delicadamente como se estivessem dispostas pelas mãos do homem. De um lado, jorrava uma fonte, cujas águas se espalhavam numa bacia cristalina. Ali, a deusa dos bosques costumava ir, quando cansada de caçar, e lavava seu corpo virginal na água espumejante.

Certo dia, tendo entrado ali com suas ninfas, entregou a uma delas o dardo, a aljava e o arco, a túnica a uma segunda, enquanto uma terceira retirava-lhe as sandálias dos pés. Então, Crôcale, a mais habilidosa de todas, penteou-lhe os cabelos e Néfele, Híale e as demais carregavam a água, em grandes urnas. Enquanto a deusa entregava-se assim aos cuidados íntimos, Actéon, tendo separado dos companheiros e vagando sem qualquer objetivo definido, chegou ao local, levado pelo destino. Quando surgiu à entrada da gruta, as ninfas, vendo um homem, gritaram e correram para junto da deusa, a fim de escondê-la com seus corpos. Ela porém, era mais alta que as outras e sobrepujava todas pela cabeça. Uma cor semelhante à que tinge as nuvens no ccrepúsculo e na aurora cobriu o rosto de Diana, assim apanhada de surpressa. Cercada, como estava, por suas ninfas, ainda fez a menção de voltar-se e procurou, impulsiva, as setas. Como estas não estivessem ao seu alcance, atirou água ao rosto do intruso, exclamando:

- Agora, vai, e dize, se te atreves, que viste Diana sem suas vestes,

Imeditamente um par de chifres galhados cresceu na cabeça de Actéon, seu pescoço encompridou-se, suas orelhas tornaram-se pontudas, suas mãos e seus braços transformaram-se em patas, seu corpo cobriu-se de pêlo espesso. O medo substituiu a antiga ousadia, e o herói fugiu. Ele prórprio admirava a velocidade com que corria, mas, quando viu os chifes repletidos na água, quis dizer 'Desgraçado!', e a palavra não saiu. Gemeu, e lágrimas escorreram-lhe pela cara que tomara o lugar de sua p´ropria. Sua consciência, no entanto, permaneceu. Que fazer? Voltar para casa, procurar seu palácio, ou ficar escondido nos bosques? Tinha medo de uam coisa e vergonha de outra, Enquanto hesitava, os cãess o avistaram. Primeiro Melampus, um cão espartano, depois Pannfagu., Dorceu, Lelaps, Teron, Nape, Tigre e todo o resto correram-lhe no encalço, mais velozes que o vento. Por despenhadeiros e rochedos, através de gargantas que pareciam impraticáveis, Actéon fugiu e os cães o seguiram. Onde ele muitas vezes caçara o cervo e açulara a matilha, a matilha o caçava, açulada por seus caçadores. Queria gritar; 'Sou Actéon! Reconheces vosso dono!', mas as palavras não obedeciam à sua vontade. O ar ressoava com os latidos dos cães. De súbito, um agarrou-o pelas costas, outro pelos ombros. Enquanto so dois imobilizavam seu dono, o resto da matilha aproximou-se e cravou os dentes em sua carne. Ele gemeu - um gemido que não era humano, mas que não era, também, o de um cervo - e, caindo de joelhos, ergueo os olhos e teria erguido os braços, numa súplica, se os tivesse. Seus amigos e companheiros festejaram os cães e procuraram Actéon por toda a parte, chamando-o para juntar-se à comitiva. Escutando o seu nome, ele virou a cabeça e ouviu os outros lamentar a sua ausência. Antes estivese ausente! Teria se comprazido em veer as façanhas dos cães, em torno dele, mordendo e despedaçando; e somente quando Actéon exalou o último suspiro, a ira de Diana se satisfez."

[BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia (A Idade da Fábula). Rio de Janeiro: Ediouro, 1965.]

 

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YAMAGAWA, Mônica. Diana & Aquário Subterrâneo - Jardim da Luz - Dicionário do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao- paulo/dicionario-do-centro-de-sao-paulo/ indice-dicionario.html>. Acesso em: 25 Jan. 2022. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].

 

 

referência bibliográficas

BENS CULTURAIS ARQUITETÔNICOS NO MUNICÍPIO E NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO. São Paulo: SNM – Secretaria de Estado dos Negócios Metropolitanos, EMPLASA – Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo S/A e SEMPLA – Secretaria Municipal de Planejamento, 1984.

BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia (A Idade da Fábula). Rio de Janeiro: Ediouro, 1965.

FOI DESCOBERTO E REVITALIZADO UM AQUARIO CONSTRUÍDO HÁ MAIS DE 1 SÉCULO, DEBAIXO DO PARQUE DA LUZ, EM SÃO PAULO. Repórter ECO. TV Cultura. Disponível em: <https://tvcultura.com.br/videos/9677_foi-redescoberto-e-revitalizado-um-aquario-construido-ha-mais-de-1-seculo-debaixo-do-parq.html#:~:text=Arte%20e%20Cultura-Foi%20redescoberto%20e%20revitalizado %20um%20Aqu%C3%A1rio%2C%20constru%C3%ADdo%20h%C3%A1%20mais%20de,no%20hoje %20polu%C3%ADdo%20Rio%20Tiet%C3%AA.>. Acesso em 20 Set. 2017.

OBRAS DE ARTE EM LOGRADOUROS PÚBLICOS DE SÃO PAULO REGIONAL SÉ. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento do Patrimônio Histórico - Divisão de Preservação, 1987.

 

 

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