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Centro de São Paulo

Bernardino José Dias Torres de Oliveira

Barão do Tietê

dicionário online sobre o centro de são paulo

atualizado em: 19 de janeiro de 2021

 

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Ele é mencionado em um anúncio no Correio Paulistano, de 2 de janeiro de 1856:

"A administração da casa fallida de Joaquim Estevão Ribeiro, convida os devedores a mesma para satisfazerem seus debitos em casa do administrador Bernardino José Dias Torres. S.Paulo, 14 de dezembro de 1855 - Bernardino José Dias Torres de Oliveira - Barão do Tietê."

[CORREIO PAULISTANO, n. 351, 2 Jan. 1856.]

 

Em 1857/1858, seu nome consta como comerciante-proprietário, com "loja de fazendas" - roupas feitas e objetos de armarinho - localizada na Rua da Imperatriz. Nesse caso, aparece com o nome de Bernardino José Dias Torres de Oliveira. No entanto, com o título de "Barão do Tietê", de acordo com o ALMANAK - Administrativo, mercantil e industrial da província de São Paulo - para os anos de 1857 e 1873, o Barão de Tietê, morava na Rua Direita (PIRES, 2006, p. 31 e 35). De acordo com Pires (2006), com base em suas pesquisas, o Barão de Tietê, não aparece como "fazendeiro", descrito como "capitalista"; Guimarães (s.d.) descreve o barão como "comerciante".

"Além de presidente da provícnia em 1852, 5o. vice-presidente em 1868, esse titular aparece no Almanaque de 1873 como presidente da Companhia de Seguros Marítimos e Terrestres União Paulista. O pouco que se sabe do Barão de Tietê é por meio de antigas biografias quase sempre lacônicas, '(...) foi o jovem José Manoel da Silva colocado por seu pai na carreira comercial, tornando-se mais tarde, própria inteligência e esforços, proprietário abatado e afinal rico capitalista' ".

[PIRES, Mario Jorge. Sobrados e barões da velha São Paulo. Barueri, SP: Manole, 2006, p. 51-52.]

 

Menezes (1970) menciona que na década de 1850, existiam duas livrarias na cidade, uma de Torres de Oliveira, localizada na Rua da Imperatriz - é provável que o seu estabelecimento, assim como a de outros da época, comercializava diversos tipos de produtos em um mesmo espaço.

Na publicação de 1877, no relatório da diretoria da Companhia Paulista, seu nome consta como acionista em 18 de agosto de 1880.

De acordo com Arroyo (1954), Bernardino José Dias Torres de Oliveira era um dos mais destacados devotos de do Sagrado Coração de Jesus - em São Paulo, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no bairro dos Campos Elíseos. E, segundo Pires (2006), em 1857, o barão era "provedor da irmandades de Nossa Senhora da Consolação e de São João Batista, além de ser ministro da Ordem Terceira de São Francisco" (PIRES, 2006, p. 37).

O Barão era filho do sargento-mor José da Silva Carvalho e de Dona Anna Joaquina de Oliveira (GUIMARÃES, s.d.); seu filho, Cândido Silva, dirigiu o jornal Diário de S.Paulo (CABRIÃO - SEMANÁRIO HUMORISTICO..., 2000, p. XXXVII).

Rodrigo Augusto da Silva, outro filho do barão é mencionado em "O Círculo dos grandes: Um estudo sobre política, elites e redes no segundo reinado a partir da trajetória do visconde do Cruzeiro (1854-1889)", artigo de Maria Fernanda Martins:

"José Manuel da Silva (1793- 1877), que conhecera em São Paulo. Natural dessa província, Tietê unira-se por casamento à poderosa família Leite de Barros. Negociante e capitalista, foi vice-presidente da província paulista em 1839 e ali deputado provincial em diversas ocasiões. Em carta datada de 1855, Tietê agradecia a Cruzeiro tudo o que ele vinha fazendo na Corte por seu filho, o futuro senador por São Paulo Rodrigo Augusto da Silva, acrescentando: mande-me suas ordens. Cinco anos depois as ordens chegaram. Tietê era presidente da filial do Banco do Brasil e da Caixa Econômica em São Paulo"

[MARTINS, Maria Fernanda. O Círculo dos grandes: Um estudo sobre política, elites e redes no segundo reinado a partir da trajetória do visconde do Cruzeiro (1854-1889). Locus. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/download/20656/11069/>. Acesso em: 10 Out 2020.]

 

 

referências bibliográficas

ALMANAK: ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL DA PROVÍNCIA DE S.PAULO PARA O ANO DE 1858. São Paulo: Typ. Imparcial de J. R. de Azevedo Marques, 1857.

ARROYO, Leonardo. Igrejas de São Paulo: introdução ao estudo dos templos mais característicos de São Paulo nas suas relações com a crônica da cidade. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954.

CABRIÃO - SEMINÁRIO HUMORÍSTICO EDITADO POR ÂNGELO AGOSTINI, AMÉRICO DE CAMPOS E ANTÔNIO MANOEL DOS REIS: 1866 - 1867. Edição fac-similar - 2a. edição. São Paulo: Unesp / Imesp, 2000.

CORREIO PAULISTANO, n. 351, 2 Jan. 1856.

GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Os negociantes da praça do comércio do Rio de Janeiro de meados do século XIX: estudo do grupo mercantil do Barão de Mauá e sua relação com o imperio do Brasil. CEPESE - Centro de Estudos da população, economia e sociedade. Disponível em: <https://www.cepese.pt/portal/pt/publicacoes/obras/a-companhia-e-as-relacoes-economicas-de-portugal-com-o-brasil-a-inglaterra-e-a-russia/os-negociantes-da-praca-do-comercio-do-rio-de-janeiro-de-meados-do-seculo-xix-estudo-do-grupo/os-negociantes-da-praca-do-comercio-do-rio-de-janeiro-de-meados-do-seculo-xix-estudo-do-grupo-mercantil-do-barao-de-maua-e-sua-relacao-com-o-imperio-do-brasil/@@download/file/Os%20negociantes%20da%20Pra%C3%A7a%20do%20Com%C3% A9rcio%20do%20Rio%20de%20Janeiro%20de%20meados%20do%20s%C3%A9culo%20XIX%20estudo%20do%2 0grupo%20mercantil%20do%20Bar%C3%A3o%20de%20Mau%C3%A1%20e%20sua%20rela%C3%A7%C3%A3o%20c om%20o%20Imp%C3%A9rio%20do%20Brasil.pdf>. Acesso em: 10 Out. 2020.

MARTINS, Maria Fernanda. O Círculo dos grandes: Um estudo sobre política, elites e redes no segundo reinado a partir da trajetória do visconde do Cruzeiro (1854-1889). Locus. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/download/20656/11069/>. Acesso em: 10 Out 2020.

MENEZES, Raimundo de. As primeiras e mais antigas livrarias de São Paulo. Revista do Arquivo Municipal, CLXXX - Edição Comemorativa do 25o. Aniversário de Morte de Mário de Andrade. Prefeitura do Município de São Paulo - Secretaria de Educação e Cultura - Departamento de Cultura, Jan./Mar. 1970.

PIRES, Mario Jorge. Sobrados e barões da velha São Paulo. Barueri, SP: Manole, 2006.

RELATÓRIO DA DIRECTORIA DA COMPANHIA PAULISTA PARA A SESSÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL DE ACCIONISTAS DE 28 DE FEVEREIRO DE 1877. São Paulo: Typographia do Correio Paulistano, 1877.

 

 

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